Thursday, July 10, 2008

Aromaterapia : Um Pouco Da Sua História



O homem da antiguidade tinha um apurado sentido do olfato, primordial para a sua sobrevivência e a das suas tribos. Muito antes de ter a capacidade de pensar, no nosso cérebro já se desenvolvera o assim chamado sistema límbico, onde também se situa o sentido do olfato.


Além das formas e cores, o cheiro das plantas, das frutas, da agua potável e das carnes frescas era um marco de reconhecimento na procura pelo alimento. Também a escolha do parceiro sexual, na hora certa, era definida pelo cheiro.


Em algum momento do tempo, o homem lançou galhos, grama seca e plantas em sua fogueira, percebeu os odores que o envolviam, e sentiu seus efeitos: sonolência, vigilância, lassidao e alegria; na maior parte das vezes, alimentou-se de plantas e frutos e notou que seu corpo reagia de acordo com o que comia. Observou o comportamento dos animais que se alimentavam somente de determinadas plantas. Assim, perseguindo as causas durante o aprendizado de sua vivência, paulatinamente ele foi desenvolvendo sua inteligência. A história do uso das plantas e ervas teve assim início e com ela também a história da aromaterapia.


A aromaterapia era parte integrante dos mais antigos métodos de tratamento para a saúde, muito antes dos ora conhecidos processos de manipulação e de aplicação, desenvolvidos a partir dos óleos aromáticos. No Iraque, ao lado de um esqueleto de 6.000 anos, foram encontradas vasilhas contendo pólen de flores de planats medicinais nativas, o que leva a crer que o homem era um xamã ou um experiente conhecedor de plantas. Existe ainda hoje uma prescrição de tratamento, datada dessa época, com mais de 8.000 receitas.


Nos mais antigos pergaminhos dos Rigvedas ( cerca de 2.000 a.C. ) , pode-se ler : " Venha, minha querida planta, e trate este doente para mim."


Para os egípcios, o uso dos aromas e essências era o método mais eficaz, porque eles acreditavam que os cheiros eram uma especial provisão dos deuses, destinada aos homens. Seus reis mandavam encher suas piscinas com agua de rosas e, depois da morte, seus corpos eram pincelados com resina de coníferas para que o processo natural de decomposição fosse evitado.


Envoltos em panos fortemente ajustados e amarrados, previamente embebidos em óleos de incenso e de mirra, os reis podiam seguir incolumes para um mundo novo e iniciar uma nova vida. O resultado dessa tecnica pode ser comprovado milhares de anos mais tarde pelas descobertas dos arqueólogos ao serem abertas as suas tumbas. Os corpos dos faraós estavam quase intactos. Na tumba do rei Amon foram encontrados recipientes com essências aromáticas, e embora remontem ao ano de 1400 a.C. não perderam sua intensidade.


O povo egípcio também usou as essências aromáticas. Os homens usavam uma espécie de desodorante feito com mirra, incenso e tomilho. Os óleos aromáticos eram misturados com gordura e usados sob a roupa na forma de bolnhas, que iam se derretendo lentamente devido ao calor do corpo. Isso há cerca de 5.000 anos.




É sabido que por volta de ano 2000 a.C. os reis babilônicos usavam no banho essências aromáticas e eram massageados com óleos .


Da Grécia antiga, chegou-nos o conhecimento de um processo de destilação de óleos aromáticos lá desenvolvido. A obra Além dos Perfumes, de Theofrasto, é o primeiro livro sobre a terapia das essências aromáticas e foram tambem os antigos gregos que continuaram as pesquisas sobre o assunto.


Cem anos depois de Cristo, já florescia o comércio com as essências perfumadas. Primeiro foram os árabes, que levavam noz-moscada do Tibete, sândalo da Índia e cânfora da China para os países de Ocidente.


Os romanos, que traziam muitas novas especiarias das regiões conquistadas, eram mestres na maravilhosa arte dos banhos e massagens exóticas e alcançavam nisso o maior êxito.


No Oriente , os Sufis destinavam determinados perfumes a cada chakra e os utilizavam em práticas espirituais e na meditação. Eles sabiam que os homens tinham vários corpos e tratavam com óleos aromáticos, além do corpo físico, também o astral e o espiritual.


Como aos olhos do observador comum o mundo não termina no ponto infinito do horizonte, as essências perfumadas partiram da Ásia, e tomaram o rumo do Oriente, do sul da Europa e da Europa Central, e seu amplo espectro de tratamento foi largamente difundido. Nas épocas das grandes epidemias, como a peste, os perfumes eram um poderoso auxiliar da profilaxia. Nas ruas e hospitais eram queimadas resinas de pinho, de cedro e de cipreste para - muito acertadanmente - debelar a epidemia.


No século XVI, simultaneamente com outros estudiosos da Europa, o inglês Culpeper dedicou-se ao estudo das plantas, as suas essências e efeitos curativos e estimulantes. Seu trabalho na Europa teve ampla repercussão e muito contribuiu para a disseminação de conhecimentos sobre os óleos aromáticos.


Já o químico francês Gattefosse conseguiu apurar, em suas experiências com perfumes e cosméticos, o poder dos óleos aromáticos. Numa dessas experiências, ele queimou a mão e, instintivamente, colocou-a no recipiente mais próximo, que continha óleo de lavanda. Para sua surpresa, a ferida cicatrizou rapidamente, a área não se infeccionou, tampouco produziu bolhas. Esse evento foi o ponto de partida e o objetivo de novas pesquisas, ele adotou o vocábulo Aromaterapia e divulgou, em 1928, o primeiro livro sobre o assunto.


Inspirado em Gattefosse, o médico francês Jean Valnet principiou a se ocupar largamente com o estudo e os efeitos dos óleos aromáticos extraidos das ervas medicinais. Logo apos, ele passou a tratar seus pacientes quase que exclusivamente com ervas e óleos.


A cidade de Grasse, no sul da França, onde vivia Gattefosse, e hoje considerada algo como o Centro de Tratamento por óleos aromáticos, e de outros produtos aromatizantes para a indústria dos perfumes.


Hoje os óleos aromáticos são encontrados em estado puro nas drogarias, ervanários e perfumarias naturais, e fazem parte integrante das massagens e banhos. Tambem águas de cheiro, lamparinas aromatizadoras, produtos que você pode usar para revigorar e harmonizar o seu corpo, muitas comprometido pelas tensões do nosso sistema de vida.


Fonte: Guia Completo de Aromaterapia - Erich Keller . Editora Pensamento

Tuesday, July 8, 2008

Aromaterapia



Muitas pessoas não percebem, mas os aromas estão presentes em todos os lugares. O sentido do olfato em nossa vida é um verdadeiro piloto, que executa sutilmente o seu trabalho, e o faz muito bem.


Você talvez se pergunte : Como é que se pode captar um cheiro, como e que se pode materializá-lo ..... O perfume exalado pelo mundo das plantas é o dos chamados óleos aromáticos, os quais podem ser extraidos de diferentes maneiras e métodos de cada uma das plantas.


Já na mais remota história da civilização, os povos utilizavam ervas, raizes, flores, resinas e outras partes das plantas para tratar doenças e a cicatrizar ferimentos.


Através de milhares de anos, esses métodos tão antigos foram aperfeiçoados e aprimorados e, junto com eles, os métodos de obtenção das essências.


Hoje dispomos de processos de destilação que nos fornecem a força vital das substâncias curativas obtidas de uma grande variedade de plantas: o extrato, a essência, ou óleos aromáticos, como são chamados, são acondicionados e guardados em pequenos frascos.


Desde o princípio da nossa existência, e muito tempo antes de começarmos a pensar em estudar, o nosso sentido do olfato era muito mais apurado e a perpetuação da espécie humana, naquele tempo, dependia de um sistema de sensações altamente desenvolvido. Portanto, as agradáveis fragrâncias nos acompanham há milênios.





Quem leu o romance O Perfume, de Susskind, percebeu o significativo perfil do poder dos aromas. Nesse livro, mesmo que vistas de perspectivas bem diferentes, você também nota coisas muito interessantes a respeito do sentido do olfato, sobre o que ele pode fazer com você e, possivelmente, você com ele se souber usá-lo com sabedoria.


Vivemos numa época em que o nosso conhecimento e constantemente alterado por rápidas e sucessivas mudanças no meio ambiente e pela nossa necessidade de sobrevivência. Devido a isso, cada vez mais os velhos e esquecidos métodos de tratamento, os ensinamentos sobre nutrição e o respeitoso cuidado dispensado a natureza - da qual somos parte integrante - formam o centro da nossa atenção.


Os óleos aromáticos agem de modo suave. Quanto mais diferentes forem os aromas, mais diversificados serão também os métodos de utilizá-los.


Somente o trato com as essências, o puro deleite de lidar com elas, já pode proporcionar o maior prazer. E quando você sentir bem confortável, quando a sua casa e a sua água de banho lhe proporcionarem os aromas mais deliciosos, então você saberá que encontrou algo muito importante que muitas pessoas desconhecem : a alegria.


Você pode transformar o seu banho diário numa experiência exótica, pode fabricar e personalizar o seu perfume , adicionar seus aromas preferidos a seus cosméticos para o corpo, perfumar o ar ambiente e, com determinados óleos, dar a sua alimentação uma nota toda especial.


Fazer uso de um processo natural de tratamento significa estar em sintonia integral com a natureza, devolvendo ao homem, especialmente, a condição de ser natural; e as antigas artes curativas, aquilo que o mundo das plantas nos oferece e energia.


* Na próxima postagem um pouco da historia da aromaterapia.



Fonte: Guia Completo de Aromaterapia : Erich Keller - Editora Pensamento

Tuesday, July 1, 2008

Remédio Criado A Partir De Fungo Consegue Matar Cancer De Fome


Molécula batizada de "lodamina" destruiu tumores de mama, próstata, útero e cérebro. Substância age destruindo vasos sanguíneos que alimentam massa tumoral.


Um novo remédio, criado a partir de um fungo que contaminou acidentalmente um experimento, pode se mostrar eficaz contra um espectro amplo de tumores, afirmam cientistas. Batizada de lodamina, a droga foi aperfeiçoada em um dos últimos trabalhos de Judah Folkman, um dos maiores especialistas em cancer do mundo, que morreu em janeiro passado. Folkman foi o pioneiro da chamada antiangiogênese -- uma estratégia que consiste em matar os tumores de fome, acabando com os vasos sanguíneos que os alimentam.


A lodamina é um inibidor de angiogênese (formação de vasos sanguíneos) que a equipe de Folkman está tentando melhorar ha 20 anos. Num artigo na revista científica "Nature Biotechnology", os colegas do falecido pesquisador dizem ter criado uma formulação que pode ser tomada como uma pílula.


Testes mostraram que o medicamento funciona contra tumores de mama, neuroblastomas, canceres de ovário, de próstata, de útero e tumores cerebrais conhecidos como glioblastomas. Segundo Ofra Benny e seus colegas do Hospital Pediátrico de Boston e da Escola Medica de Harvard, a droga deteve os chamados tumores primários (os primeiros a aparecer num dado organismo) e também impediu que a doença se espalhasse para outros focos no corpo.


"Ao ser administrada oralmente, ela atinge primeiro o fígado, o que a torna especialmente eficaz na prevenção de metástases [formas secundárias do tumor] hepáticas", escrevem os pesquisadores em seu artigo. "As metástases no fígado são muito comuns em muitos tipos de tumor e costumam estar associadas a um prognóstico ruim e a uma baixa taxa de sobrevivência", acrescentaram eles.


A droga foi isolada originalmente de um fungo chamado Aspergillus fumigatus fresenius. Donald Ingber, da Universidade Harvard, descobriu o fungo por acidente ao tentar cultivar células endoteliais, que revestem a parede dos vasos sanguíneos. O bolor afetou as células de modo a impedir o crescimento de pequenos vasos conhecidos como capilares. Os pesquisadores logo perceberam o potencial antiangiogênico da substância por trás do fenômeno, mas a molécula tinha efeitos colaterais, causando depressão e tonturas. Além disso, não permanecia muito tempo no organismo.


Benny e seus colegas resolveram o problema com a ajuda da nanotecnologia, que permite manipular com precisão as características de uma molécula. O grupo "colou" dois grupos de átomos na substância original, protegendo-a dos ácidos do estômago. Com isso, a droga alterada conseguiu chegar diretamente as células tumorais, destruindo-as sem efeitos colaterais aparentes.


Os pesquisadores crêem que a lodamina podera ser útil contra outras doenças ligadas ao crescimento anormal dos vasos sanguíneos, como a degeneração macular ligada a idade, problema de visão que pode levar a cegueira.

Fonte : G1 Ciência e Saúde